"The human eye is like a lens from a camera"

Ora viva leitor! Eu sou a Chinaski!

Realidade? O que é? Será que a realidade é algo uno? Será que é um padrão para todos?

Como este assunto é delicado e, normalmente, cria uma certa divergência entre as pessoas. Dentro do que é conhecido como “senso comum”, esta palavra – realidade -, significa o ajuste que nós -Homem-, realizamos entre a imagem e a ideia da coisa. O problema que surge quando realizamos este processo automático dentro da mente humana é algo que é estudado por diversas ciências sociais, a antropologia, a filosofia, a psicologia e, inclusive as artes visuais.

Por isso, a partir deste ponto de partida podemos associar que, tal como a Frida Khalo dissera - I paint my own reality.The only think i know is that i paint because I need to, and i paint whatever passes through my head without any other consideration» -, nós olhamos para a nossa realidade!

Na minha jovem opinião e, por tudo o que já tenho visto, existe uma colossal tentativa por parte de todos os seres humanos em demonstrar o que veem, o que sentem ao seu redor. Por exemplo, onde se presencia isso de forma mais clara, é na pintura e na filosofia e, inclusive na literatura.

Atualmente, não notamos muito que existem perspetivas diferentes ao nosso redor, porque temos cada vez mais stress e falta de tempo para reparar neste tipo de pormenores e, por isso assumimos que toda a gente possui a mesma forma de pensar.

É fácil ver que, pegando num livro de história da arte e, se olharmos com atenção para as pinturas e para os tempos em que foram criadas que, o homem, neste caso, o artista, pretendia transmitir o modo como observava o mundo, deste modo, nunca vimos todos os artistas a usar as mesmas técnicas, ou as mesmas cores. 

Tudo isto aplica-se de igual forma no ramo da filosofia e da literatura, quantas teorias foram criadas para explicar a forma como as coisas aconteciam? Milhares, milhões, fora aquelas teorias que nunca foram divulgadas. No caso da literatura, o exemplo de Camões e de Cesário Verde, onde um tentou descrever o que era o Amor e o segundo o seu quotidiano!